Rio de Janeiro, 08 de Maio de 2024

Emoções ‘boas’ colaboram para o equilíbrio físico e mental

 
 
Recém-criada, Associação de Psicologia Positiva da América Latina (APPAL) quer disseminar este conceito para promover a saúde integral corporativa e familiar
 
 
Psicologia Positiva – como o próprio nome diz – é a ciência que estuda o peso dos aspectos positivos da vida humana, como alegria, felicidade, bem-estar e as atitudes de “desabrochar” e “florescer”, no equilíbrio físico e mental.
 
Seu criador, o psicólogo americano Martin Seligman, a define como “o estudo científico do funcionamento humano ideal que visa descobrir e promover os fatores que permitem que indivíduos e comunidades prosperem”.
 
Recentemente, a ciência inspirou a criação da Associação de Psicologia Positiva da América Latina (APPAL) com sede na cidade de São Paulo.
 
Quem explica é a psicóloga Daniela Levy, diretora da Carevolution (empresa que atua no segmento de Wellness Coaching) –  e que está à frente da iniciativa de estruturação da Associação.
 
“O diferencial dessa ciência é o enfoque nos aspectos saudáveis, nas habilidades e nos potenciais dos seres humanos em suas atividades pessoais e profissionais. As dificuldades e problemas não são desconsiderados, mas, numa intervenção, ao invés de se concentrar nos obstáculos, focaliza os aspectos que fazem a vida valer a pena.”
 
A Psicologia Positiva teve seu início há cerca de dez anos e apresentou um desenvolvimento muito rápido desde então. Daniela explica que “esta ciência auxilia as pessoas a desenvolverem  base sólidas nas áreas de bem-estar, ‘desabrochar’ potenciais, forças pessoais, sabedoria, criatividade e saúde psicológica
 
Para conduzir um plano de promoção de saúde integral dos seres humanos em relação a seu ambiente pessoal, social e de trabalho, a Psicologia Positiva faz perguntas como “o que funciona?”, em vez de “o que não funciona?”; ou “o que está certo com essa pessoa?”, ao invés de “o que está errado com essa pessoa?”.
 
De acordo com Daniela, a Psicologia Positiva atua em três diferentes níveis:
 
1.      Nível subjetivo – Inclui emoções positivas, bem-estar, satisfação, felicidade e otimismo. “Refere-se a sentir-se bem, em vez de fazer o bem ou ser uma pessoa boa”, destaca.
 
2.      Nível individual – Seu objetivo é identificar os constituintes para uma “vida boa” e as qualidades pessoais necessárias para ser uma “boa pessoa”, estudando as forças e virtudes dos indivíduos, sua capacidade para amar e perdoar, coragem, perseverança, originalidade, sabedoria, sensatez e habilidades interpessoais.
 
3.      Nível de grupo – O foco é nas virtudes cívicas, responsabilidades sociais, altruísmo, civilidade, tolerância, trabalho com ética, instituições positivas e outros fatores que contribuem para o desenvolvimento da cidadania e das comunidades.
 
A medida que as técnicas da Psicologia Positiva são postas em prática, espera-se que a pessoa melhore seu comportamento e, com isso, seja mais produtiva, equilibrada e feliz. “E isto é possível de se atingir tanto na família como no ambiente corporativo”, finaliza a psicóloga.
 
APPAL – A Associação de Psicologia Positiva da América Latina (APPAL) é a primeira entidade desta natureza na América Latina. O objetivo principal é promover a ciência e a prática da Psicologia Positiva, bem como facilitar a comunicação, a colaboração de pessoas interessadas e o desenvolvimento de pesquisas na área. “Tivemos reuniões com profissionais das áreas de Recursos Humanos, psicologia, saúde e outros de diversas atuações distintas. Todos se mostraram interessados em participar da associação.”
 
 
 
 
 

Crédito:Luiz Affonso

Autor:Simone Valente

Fonte:Universo da Mulher